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Por Adriana Rodrigues
A cerca de 13 km de distância de Punta del Este se localiza Casapueblo, uma belíssima e singular construção arquitetônica criada pelo multifacetado artista do Uruguai, Carlos Páez Vilaró.
Modelada por suas próprias mãos ao longo de mais de 40 anos, nessa edificação, Páez Vilaró viveu, trabalhou e recebeu amigos, pensadores, artistas e visitantes, sempre integrando a natureza da paisagem à casa.
Se você busca um lugar único que une arte, história e uma vista inesquecível do pôr do sol, a Casapueblo é o destino ideal.
Nascido em 1º de dezembro de 1923, em Montevidéu, Carlos Páez Vilaró era o menor de 3 irmãos. Desde muito jovem demonstrava seu interesse artístico. Foi morar em Buenos Aires, onde se aproximou dos principais artistas gráficos da época, inspirando-se pelo tango, os bares e cabarés da capital argentina.
Ao final da década de 1940, já de volta a Montevidéu, encontrou no candombe e na expressão musical da população afrodescendente que morava no Barrio Sur o estímulo para retratar os tambores, as danças e os desfiles. Foi ativo na divulgação do folclore uruguaio representado por esse ritmo, esteve presente nas comparsas e pintou tambores e obras em homenagem à cultura afro-uruguaia.
Seguiu seu caminho viajando a países como Brasil, Senegal, Libéria, Congo, Camarões e Nigéria, realizando pinturas e murais e aderindo à luta dos africanos para a libertação de seu continente.
Conheceu, em viagens à Europa durante a década de 1950, artistas renomados como Picasso, Dalí, De Chirico e Calder. Desenvolveu novas técnicas artísticas em seu repertório, e, sob influência de Picasso, iniciou seu trabalho com cerâmica. Apresentou sua obra internacionalmente, tornando sua criatividade e seu talento conhecidos em diversos ramos artísticos.
Em suas viagens pelo mundo, reunia-se com equipes e realizava projetos audiovisuais em que podia colocar sua sede de conhecimento e seu olhar artístico. Com sua mente inquieta, explorou os caminhos da sétima arte, participando, como diretor e roteirista, da produção dos filmes Batouk (1967), Pulsación (1969), que contou com a música do argentino Astor Piazzolla, e Candombe (2001). Com seu irmão Miguel, abriu uma empresa de audiovisual publicitário e cinema.
Em outubro de 1972, viveu um dos momentos mais difíceis de sua vida sem perder a esperança. Seu filho de 18 anos viajava com companheiros do time de rugby do colégio para uma competição no Chile, quando o avião caiu na Cordilheira dos Andes.
O artista não hesitou em mover esforços para resgatar o filho, também chamado Carlos. Mesmo quando as autoridades deram por encerradas as buscas pela dificuldade em encontrar qualquer vestígio do avião e de vida na neve, Páez Vilaró recrutava voluntários e consultou videntes, na certeza de voltar a ver seu filho com vida.
Pouco antes do Natal de 1972, 70 dias depois do acidente e como resultado de uma superação sem precedentes, 16 sobreviventes foram resgatados, e entre eles estava Carlos Miguel Páez Rodriguez.
O pai registrou a angústia desses quase 3 meses de busca no livro “Entre meu filho e eu, a lua”, além de retribuir a solidariedade do povo chileno no resgate pintando um mural no Hospital de Santiago. O relato desse drama vivido também pode ser visto no filme que passa a cada 15 minutos na sala de cinema da Casapueblo. Em Montevidéu, também é possível se emocionar com a história de sobreviventes e fatalidades no Museu Andes 1972.
Ao voltar ao Uruguai, continuou a construção da casa com suas próprias mãos e com a ajuda de pescadores. Na costa rochosa de Punta Ballena, a Casapueblo se moldava integrando as belezas da paisagem sob a inspiração do trabalho dos pássaros conhecidos como joão-de-barro (horneros, em espanhol) e de arquiteturas mediterrâneas.
Não havia uma planta da edificação, nem uma ideia prévia, apenas a cabeça inquieta do homem que materializava com entusiasmo a estrutura. A Casapueblo foi primeiramente pensada para ser seu ateliê, mas se transformou em um refúgio rico em referências e um legado desse artista múltiplo.
Apesar de suas inúmeras viagens exploratórias e de, por algum tempo, ter morado em outros países como Estados Unidos, Brasil e Argentina, definiu Casapueblo como “seu barco calmo, seu trampolim para partir e para onde sempre voltava”.
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Se não bastasse o fato de a construção ser um dos maiores legados de um artista multifacetado, inquieto e generoso, a Casapueblo é uma beleza arquitetônica incrustada na incrível paisagem de Punta Ballena.
Das varandas da casa, é possível apreciar o mar, contrastando com a brancura das paredes, admirar o pôr do sol e registrar momentos únicos dessa visita. Cada sala e cada cantinho da Casapueblo têm uma história. Seja nos nomes dados pelo artista em homenagem a amigos ilustres que fez durante seus 90 anos de vida, seja nas inúmeras obras que podem ser apreciadas no Museu ou compradas na loja.
A Casapueblo é uma construção que se divide em museu, cafeteria, loja, hotel e residência privada da família. O museu está aberto todos os dias do ano para visita, conforme o desejo do artista de promover o interesse cultural na região.
Ainda que o pôr do sol no Uruguai seja um espetáculo à parte visto de qualquer lugar, todas as tardes acontece no museu a cerimônia do sol. Nesse ritual, é possível ver o sol desaparecer no horizonte escutando a voz de Carlos Páez Vilaró recitando um poema.
Você pode conhecer a Casapueblo com o nosso City Tour Punta del Este, que tem saída de Montevidéu todos os dias, exceto quintas-feiras e é um dos diversos passeios que você pode fazer na cidade.
Além dessa joia de Punta Ballena, você visitará a charmosa cidade costeira de Piriápolis, além de alguns dos principais pontos turísticos de Punta Del Este, a cidade que combina beleza, elegância e diversão em um só lugar.
Apesar de o acesso à Casapueblo ser fácil, os ônibus que vão de Montevidéu a Punta del Este saindo da rodoviária de Tres Cruces não entram em Punta Ballena. É preciso descer na Ruta 10 e caminhar cerca de 30 minutos pela estrada até o museu. Se não estiver de carro, o City Tour é uma ótima oportunidade para conhecer diversos locais em um mesmo dia.
Carlos Páez Vilaró foi um artista autodidata, multidisciplinar, que deu asas à sua curiosidade. Viajou o mundo explorando maneiras de expressar sua forma de viver com criatividade e riqueza cultural. Um dos maiores artistas do Uruguai, deixou em Casapueblo uma parte de sua alma.
Cada parede, cada curva desse lugar, conta uma história que merece ser descoberta. Que tal vivenciar toda essa magia? Comece a planejar sua visita hoje mesmo e compartilhe essa dica com quem também ama descobrir lugares únicos!
Biografía
https://www.elobservador.com.uy/nota/carlos-paez-vilaro-la-otra-mirada-del-artista-2018331500
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Meu nome é Adriana e minha história com o Uruguai começou em 2012, quando me mudei para Montevideo. Fundei a Brasileiros no Uruguai, que se tornou a única operadora de turismo especializada no Uruguai no Brasil. Desde então, já levamos mais de 60 mil viajantes para conhecer o Uruguai.
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